Todo mundo tá entendiado de saber que os relacionamentos são o maior desafio de estar vivo e viver em sociedade. Chego a questionar a tese de que o homem é um ser social porque assusta-me o quando algumas pessoas se empenham no sentido oposto.
Vamos a uma breve estatística. Eu trabalho desde 19 anos. Hoje tenho 32. Numa conta rápida estimo que em 13 anos de CTPS assinada devo ter trabalhado, assim direta e diariamente, com cerca de 150 pessoas, e mais ou menos um tantinho disso indiretamente.
Vamos arredondar pra 200 pessoas. Destas eu posso dizer que 6 pessoas não gostavam de mim (considerando a postura com uma declaração formal). Do restante, alguns provavelmente eram indiferentes mas, com certeza, mais da metade até tinha uma boa relação de respeito, coleguismo e amizade (nesta ordem), mesmo com os percalços da profissão.
Eu sempre tirei isso de letra porque afinal de contas eu não saio por aí colecionando desafetos, pelo contrário, até me dedico a fazer mais amigos e confio um bocado na capacidade alheia de firmar laços de amizade. Tá ok. Eu sei que o número de gente “ultra-mega-selfish” é grande, mas e daí?
Ocorre que nos últimos tempos parece que eu virei pedra no sapato alheio e eu fico me perguntando diariamente o seguinte: havendo tanto com o que se ocupar no ambiente de trabalho o que leva alguém a se posicionar contra um partner?
Trago comigo o dado estatístico acima e a certeza de que eu não cheguei até aqui fazendo favores nem agrados a seu ninguém.
Sou um profissional autodidata que buscou com gana a qualificação alcançada, relativamente capaz de superar desafios graças ao amor que tenho à minha profissão e principalmente à dedicação de quem postergou a formação acadêmica tão supervalorizada quanto indispensável no mercado de trabalho em prol das empresas em que trabalhei.
Espero ler este imenso Post It Na Testa daqui um tempo e perceber que era só mais uma fase de aprendizado.