Tem uma coisa na cena musical de Brasília que causa vergonha: o que abunda em falta de talento escasseia em humildade.
Não é de se admirar as casas não respeitarem os músicos. Seja no tratamento ant-iprofissional, seja na forma de cachês atrasados, descontados, e condicionados a público pagante. Uns poucos acabam pagando pela falta de “Know How” da maioria.
Muito comum ler por aí no Facebook e Twitter reclames de abusos e falta de respeito com a galera que trabalha entretendo as pessoas nas casas que oferecem música ao vivo.
E mais pernicioso ainda, arrisco dizer, é a plastificação que permeia a cena. Quase ninguém inova, até por não ser tarefa fácil quando o público não absorve bem as novidades, por falta de critério mesmo, e ficamos todos imitando um formato que o público aceita sem chiar.
Por estas e outras sempre procurei investir na música enquanto entusiasta, como minha terapia ocupacional. Prefiro isto a ser mais um enlatado nessa JukeBox que está a cena musical de Brasília.
Tem uma galera cuja atuação musical eu admiro e respeito. Por que não dizer até invejo um pouco. Este meu superficial diagnóstico não diz respeito a eles, mas sim ao contexto geral.
E antes de me atirarem pedras, respondam pra si mesmos por que algumas poucas boas bandas “DE BRASÍLIA” tocam muito mais fora do DF do que aqui?