Um pouco mais do que pensar na vida e suas curiosas implicações

Autor: MichaelLourant Page 3 of 11

Ah, o álcool esse pretexto danadinho

O consumo de álcool sempre esteve presente em diversos ritos ao longo dos séculos e da mitologia. Quem estudou o Ensino Regular ou foi minimamente curioso sobre as origens das diversas bebidas alcoólicas (http://br.drugfreeworld.org/drugfacts/alcohol.html) sabe disso. Ao longo de minha curta vida eu pude experimentar episódios que remontam alguns daqueles registros históricos.

Annonymous Alcoholic

Mas se por um lado eu tive alguns prejuízos materiais e morais, e isto não inclui ter sido molestado (risos), por outro lado me permitiu aprender também que este dito acaba por exercer um papel um tanto quando assustador na vida da gente quando estamos passando por problemas, sejam eles quais forem, desde pequenas paranóias até problemas profissionais e familiares.

Tendo vivido bons e maus momentos, passei a deixar de lado a imprudência juvenil do consumo descuidadoso de álcool e só então pude manter com ele a estrita relação do prazer da degustação e do torpor controlado.

Infelizmente não é o que se vê por aí e neste sentido eu sou apoiador da Tolerância Zero para álcool e direção. A recente escalada do rigor da punição para quem for pego dirigindo sob efeito de álcool pode não ser uma solução definitiva (e não será) para o problema, mas certamente vai fazer alguns sabidos pensar bem antes de se aventurar.

Entretanto a minha motivação em escrever este post de hoje nem tem nada a ver com bebida e direção. Tem a ver com a infalível capacidade do álcool de reduzir as faculdades mentais das pessoas a um estado tão primitivo e selvagem que me causa profunda descrença na humanidade.

Se você aprecia o consumo de álcool, tenha pelo menos o cuidado de entender como aquelas reações químicas afetam sua vida e a vida das pessoas que te cercam.< !> Quem sabe você consiga dar um passo adiante neste hábito tão controverso e não mais estrelar episódios vexatórios.

Vida de Músico em Terra de Faroeste Caboclo

Após algum tempo desde a primeira vez que resolvi me aventurar a tocar em estabelecimentos que ofereciam música ao vivo a seus clientes passei a ver com outros olhos, estarrecidos, adianto, como funciona a cena musical aqui por estas bandas. [trocadilho incidental]

Desde sempre sou fascinado por música. Minha avó conta que eu já cantava Lulu Santos com certo primor antes mesmo de entender do que se tratava. Anos depois, quando troquei um vídeo game que havia ganhado de presente da minha madrinha (que teve que fazer um certo malabarismo pra convencer meu primo a abrir mão dele) pelo meu primeiro violão, pude vivenciar essa paixão de maneira mais efetiva. Era muito frequente eu promover luaus regados a vinho e Di Giorgio na Praça dos Três Poderes, Orla do Lago Norte…, para os quais sempre convidava amigos e parentes.

Certo dia, meio que de brincadeira, propus à Luiza Neiva, amiga e dona do Café com Letras, que eu fizesse a trilha sonora da noite. Ela topou na hora e foi um barato a minha estréia nessa brincadeira de tocar pra outros ouvintes além de mim mesmo. Lembro que foi meio delicado pra mim receber o couvert artístico ao final de um evento que promovi pra meu deleite pessoal. A grana não estava nos meus planos.

Perto dessa época comecei a tocar com meu irmão que já vinha de uma razoável experiência tocando “profissionalmente” em várias iniciativas e vertentes musicais mesmo sendo mais novo. A Radiola de Cordas formou-se a partir dessa vontade de tocar as músicas que a gente curtia ouvir desde moleques.

Bom pra nós que essa vontade não é só nossa. A gente encontra eco nas pessoas que nos ouvem pelos casamentos, shoppings, escolas, festas, eventos e bares onde tocamos e eis aqui uma receita feliz pra quem é proprietário de bares ou promotor de eventos: oferta e procura. Julgo apropriado dizer que Brasília tem uma grande carência de espaços adequados pra quem curte música. Vide a polêmica do fechamento do Café da Rua 8 e a questionável atuação da AGEFIS frente ao problema.

Já aqui neste ponto a coisa toda passa a assumir outros contornos. Graves, acrescento, pra quem opta por garantir seu sustento com a grana paga pelos dotes musicais.

Atualmente não existem muitos instrumentos legais que satisfaçam as reais necessidades do exercício profissional, salvo nos casos de músicos de orquestras sinfônicas (país afora) que passam por concursos públicos e tem nisso uma carreira relativamente próspera.

Apesar de caduca a Lei 3.857 de 1960 instituiu a OMB com o objetivo de garantir suporte legal à atividade do músico profissional. Mas há um certo furor por parte de alguns músicos para acabar com a OMB quando o esforço, na minha humilde opinião, deveria ser justamente de fortalecer a instituição e por meio dessa representação buscar a reformulação da legislação no sentido de garantir alguma dignidade.

Longe dessa longa discussão legal que é multi facetada está a realidade de quem toca pra fazer a animação de quem está desfrutando de seu momento de lazer.

Até onde sei há duas modalidades de pagamento praticadas por estas cercanias: couvert artístico, cobrado pelo estabelecimento dos frequentadores para os músicos e o cachê fixo, valor pré-estabelecido.

No primeiro caso, o primeiro problema: há quem diga que o couvert artístico não é obrigatório e por isso alguns donos/gerentes de estabelecimento valem-se desta informação dúbia para suprimir dos músicos a paga pelos serviços prestados.

Se você costuma frequentar bares que cobram couvert artístico, reflita sobre isso quando for pagar a conta. Mesmo que o músico seja ruim ou não tão bom quanto você gostaria, considere jogar limpo com ele pois ele provavelmente tira disso o sustento dele e vai gostar do feedback que favoreça seu aprimoramento.

Há um outro problema: como muitos pagamentos de conta são feitos com cartões de débito e crédito acontece sempre de o pagamento pelas horas de animação ser adiado de acordo com a conveniência dos donos/gerentes de bares. Absurdo? E quando o dono do estabelecimento tira do couvert artístico percentual referente ao custo das transações com cartão?

Eu resolvi escrever sobre esse assunto porque ao longo de 7 anos me deparei com várias situações dessas e vejo o quanto ela afeta pessoas que, como disse antes, fazem da música seu ganha-pão.

Mesmo sendo um Analista de Sistemas que nas horas vagas se diverte tocando e ganha o bastante pra financiar apenas a manutenção dos equipamentos e instrumentos que uso pra vivenciar essa paixão de família, já tomei muitos calotes de gente que não tem um “semi-fuso” de respeito pelo trabalho dos outros.

E olha que eu não uso equipamentos de primeira linha, que no Brasil, em Brasília especialmente, chegam a custar de 2 a 5 vezes o que ganha um Analista de Sistemas de nível pleno. (Veja exemplo)

Momento Recados

Se você é músico, organize-se, profissionalize-se para oferecer o melhor da sua veia artística e dela tirar sua retribuição de forma justa e gratificante.

Se você é apreciador de música, procure dar preferência a estabelecimentos e eventos que respeitam os artistas que trabalham durante suas horas de entretenimento.

Se você é dono/gerente de estabelecimento, procure valorizar seus clientes e os artistas mantendo seu negócio próspero.

O Brazil da Copa de 2014 e a Telefonia [Móvel] de 1950*

A telefonia móvel se tornou item de primeira necessidade no país, tanto para o uso pessoal, quanto para o desenvolvimento do setor público e privado. No início do ano a ONU publicou um relatório sobre o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação, e, não era segredo pra ninguém, o Brasil apareceu como o país em que o custo deste serviço é o mais caro entre os países em desenvolvimento.

A gente paga caro e o mais legal, é que ninguém sabe quais as exigências a ANATEL faz para que as nossas “queridas e amadas” operadoras de telefonia, tal como são desconhecidas da população as medidas promovidas pela agência para garantir a melhoria contínua dos serviços, as sanções que já foram aplicadas em razão do descumprimento dos termos dos contratos de concessão e dos serviços além de abusos cometidos contra o direito do consumidor.

Resultado do cenário acima é que as operadoras prestam serviços com preços extorsivos, qualidade que de tão ruim torna quase nula a prestação do mesmo, não dispõem de mecanismos eficazes de solução de problemas técnicos dos mais simples aos mais complexos, profissionais das linhas de atendimento mal capacitados e a ANATEL, concebida para garantir que as empresas concessionárias prestem serviços de ponta pra população, porta-se como um enorme cabide de empregos e instrumento de articulação política fechando os olhos diante desse cenário caótico e vergonhoso em que se encontra o sistema de telecomunicações no Brasil.

O país da Copa de 2014 vivendo a derrota de 1950 na Saúde, Infraestrutura, Segurança, Tecnologia e Educação.

Portanto, ANATEL, rogai por nós.

Discernimento em Ampolas

AmpolasDesde que comecei a ter alguma compreensão de como a vida funciona eu passei a admirar um traço humano por demais bacana: a inteligência, sobretudo quando ela se manifesta por meio do discernimento.

O tal discernimento atua como uma espécie de filtro que, no limiar da nossa individualidade, nos permite agir mais primitivamente ou mais racionalmente na proporção do desenvolvimento deste traço em nós.

Em algumas linhas de pensamento diz-se ainda que o discernimento nos permite agir mais de acordo com os desígnios Divinos em nossa vida.

Ao longo do meu desenvolvimento como pessoa adulta aprendi a valorizar a real necessidade de aprimorar esse traço e felizmente essa incessante busca tem me tornado capaz de administrar situações em que o meu eu primitivo cometeria deslizes que me trariam muito arrependimento.

Não que eu não os tenha cometido, mas sem discernimento os meus deslizes também não me serviriam de aprendizado nenhum.

O que se vê mais notoriamente é que as inúmeras mazelas que nossa geração enfrenta, desde a vida pessoal/familiar até a vida social mais ampla atuam por vezes de modo a desligar essa característica tão fundamental.

Por mais absurdo que possa parecer o título do Post It Na Testa de hoje ele reflete um anseio utópico de que se descubra uma forma de sintetizar o discernimento pra que ele seja administrado em ampolas como a Benzetacil.

Eu prefiro comparar com a Benzetacil porque ela está entre as injeções menos ‘amadas’, mas quando administrada elimina a infecção em poucas horas.

A maior vantagem das ampolas, além da cura quase instantânea, é que tal qual a Benzetacil ia dar pra prender o paciente entre as pernas e aplicar na força bruta como minha amada [super] avó Iracema fazia quando eu era moleque e esperneava com medo da injeção.

Obrigado, vó! Te devo minha vida!

Só pra constar, a gente falha miseravelmente quando age em desacordo com as crenças e ideologias que defendemos sob templos ou escolas acadêmicas. Seja qual for o pretexto utilizado.

Por sorte sempre há a chance de recomeçar, de rever e acertar o passo.

F.Y.I.

 

Como o dilema da Cruz e a Espada.

Eu escolhi a espada!

Chuvoso

“Aprendi que a desavença é porque sempre alguém pensa que ninguém mais tem razão.” – Aprendiz de Feiticeiro

Itamar Assunção

A alienação como bandeira

Em conversa de boteco surgiu uma questão que passei a considerar fundamental na busca por uma vida menos ordinária.
A alienação de nossa sociedade hiperconectada diante das dificuldades de se tomar decisões e enfrentar barreiras rumo a um desenvolvimento efetivo da humanidade parece ser a peste negra da vez.
Isso aflige quem pode ainda ter alguma fé e alguma vontade de participar da mudanças que o mundo tem que sofrer uma vez que, contra essa “nova” peste negra, um bom discurso e a maior boa vontade podem não ser a solução definitiva.
Preocupe-se com o seu papel nas mudanças que você acredita serem necessárias. Não basta esperar que o façam por você.

Handle it!

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