Um pouco mais do que pensar na vida e suas curiosas implicações

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É sempre importante deixar claro nosso ponto de vista.

Direito ou Educação (pela Esquerda)

Here comes the TEXTÃO! (Postagem no Facebook)

Quando estava no ensino médio era comum ver entre os colegas fazerem planos a respeito do curso que fariam na faculdade. Mas era muito mais comum não terem a menor ideia de que curso escolheriam.

Naturalmente, alguns se deixavam influenciar por promessas de prosperidade financeira e uma frágil garantia de emprego via concursos públicos.

Eu sou egresso de uma família humilde onde a formação superior refletia mais ou menos as estatísticas do IBGE, tendo muitos tios obtido canudo com francas dificuldades de todos os tipos. Mas todos foram exemplos que guiaram minhas escolhas.

A única certeza que tinha no ensino médio é que eu não iria cursar Direito. E não era pelo alto índice de concorrência às vagas. Mas já naquela época tinha a convicção de que atuar na área do Direito requer estômago pra encarar no cotidiano o que pode haver de pior no ser humano. Nem mesmo minha admiração pelo tema e mais filosofia e psicologia na época serviram de estímulo.

O ano 2019 completa 20 anos desde que saí do ensino médio pro curso de Letras – Língua e Literatura Portuguesa na Universidade de Brasília. Por motivos socioeconômicos e outras limitações eu não cheguei a concluir o curso e, por conseguinte, não materializei (ainda!) minha vontade de ser professor.

Mas esses vinte anos serviram pra confirmar minhas convicções sobre o curso de direito. De perto e de longe acompanhei o quanto é preciso ter estômago pra lidar com traços humanos escrotos que em alguns casos parecem ser estimulados ao máximo nas cadeiras do curso.

O que vemos hoje no Judiciário não foge dessa constatação. Mas é preciso ter um mínimo de sensibilidade humana e muita interpretação textual pra reconhecer isso.

Quando as pessoas compreenderem o que estou tentando dizer, os cursos de Direito serão a segunda maior prioridade das pessoas que querem de verdade mudar o mundo, logo depois das carreiras de docência.

Enquanto o Direito for dominado por mauricinhos e patricinhas, por gente de moral volátil, de ambições individualistas, não haverá Justiça para todos, mas apenas pr’aqueles que puderem comprá-la…

Não estou aqui generalizando. Apenas apontando a parte que me incomoda pessoalmente. Há sim pessoas honradas exercendo o Direito seja na advocacia seja julgando. Entretanto, é fato notório e sabido que estamos longe de um equilíbrio saudável à Democracia plena e justa.

Se há alguma esperança de mudarmos nossa história, ela começa na Educação e passa invariavelmente pela Política na qual o conhecimento do Direito é ferramenta básica e condição sine qua non.

Reconhecer é preciso

Eu [também] sou culpado

Nessa esculhambação toda que virou a descoberta de que a família Bozo não é tão honesta assim eu só fico pensando nos assessores parlamentares que eles contrataram todos esses anos calados diante de tudo.

No fim, o Brasil é isso aí: um bando de gente desonesta e capaz de qualquer coisa pra ganhar a vida, com mais ou menos ganância.

Felizmente não se trata da maioria, mas ocorre em número suficiente pra desencadear uma descrença nos políticos prejudicial à menor chance de avanço no desenvolvimento do país.

Tenho pra mim que qualquer avanço que se busque deve partir desse reconhecimento. Da aceitação de que em alguma medida contribuímos pra este cenário e daí buscarmos meios de sanear isso.

A grande questão é quando começaremos a ter disposição pra compreender o quanto isso faz parte de nós.

Respeitáveis Compatriotas, Votem Comigo no 3º! OU “Férias pro discurso de ódio”

Respeitáveis compatriotas,

Queria não ser forçado pelo temor de tempos ainda mais obscuros a escrever isso.

Infelizmente em 2018 não temos candidatos que são capazes de salvarnos de nós mesmos e biblicamente “salvar” o país de uma derrocada ainda pior. Não tivemos em 1989, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, em 2014 e capaz que nos próximos 50 anos também não teremos.

E isto é um fato, não uma opinião pessoal eivada de ideologias ou leitura de VEJA!

Eleitor Brasileiro por Andre DahmerBy @andredahmer

Pelo simples fato de que nossas escolas e Universidades, nossas câmaras legistativas municipais e estaduais NUNCA, JAMAIS FORMARAM MILAGREIROS E TAMPOUCO CIENTISTAS POLÍTICOS CAPAZES DE APLACAR O DESEJO INFINDÁVEL DE LOCUPLETAÇÃO PESSOAL DO BRASILEIRO.

Dito isto, queria convidá-los a uma reflexão pragmática: nestas eleições (e nas seguintes), precisamos perseguir candidaturas comprometidas com a solução de problemas cujos reflexos ultrapassam gerações, e cuja solução transcende às casas legistativas e os curtos mandatos dos pouquíssimos brasileiros realmente dispostos a fazer a diferença sob a bandeira do altruismo humanitário.

Aceitemos que este perfil raro tem que ser construído ao longo dos anos e que isso precisa começar em algum momento da nossa história.

O cenário exposto pelas pesquisas recentes indica que, numa análise sóbria e desapaixonada, a única candidatura que se aproxima das necessidades apontadas ali e com reais chances de NÃO AFUNDAR O PAÍS NUMA PERIGOSA CRISE CIVIL, CULTURAL, ECONÔMICA entre outras é o 3º colocado das pesquisas.

Você pode não gostar do Ciro Gomes por ter acreditado em décadas de difamações contra ele.

MAS NÃO SE TRATA DE VOCÊ! Se trata de mais de 200 milhões de brasileiros, a maioria dos quais está tão fodido que nem vão pensar duas vezes em votar pela própria sobrevivência ante as claras ameaças que um certo candidato oferece com suas propostas vazias e odiosas.

É por isso que o segundo colocado avançou tanto e favorece um cenário já visto em 2014!

Enquanto cortava o cabelo hoje o outro barbeiro da loja disse que “desde Jesus Cristo, quando o povo tem que decidir eles preferem salvar o ladrão!” Nem preciso dizer que se tratava de um eleitor do Jair temendo uma vitória do candidato do PT, cogitando apoiar uma candidatura que “retire do povo o poder de fazer merda” (SIC).

Pensem com algum senso de responsabilidade e #VotaComigo no #Ciro12 e vamos construir juntos entre 2019 e 2022 condições pra que o debate político no Brasil saia da 5ª série fundamental e avance gradativamente pra que tornemos o Brasil um país mais hospitaleiro, inclusivo, socialmente responsável, ambientalmente sustentável, economicamente forte e viável…

Vota comigo pra dar umas longas férias pro protagonismo perigoso dos discursos de ódio que ganharam terreno e pode enfiar o país em uma escuridão de ideias.

Aos amantes do PT, vem comigo! Votem no 3º!

Aos votantes Em Branco ou Nulo, vem comigo! Votem no 3º!

4 anos são uma eternidade pra quem vive em condições extremas enquanto exercemos nossas paixões nas urnas…

Se você leu até aqui, obrigado e desculpa se não fui claro!

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Michael Lourant — sentindo-se apreensivo a 6 dias da 13ª eleição majoritária desde a redemocratização da República Federativa do Brasil.

Que tal uma pausa pra “pensar” sobre as Eleições de 2018

Pense o voto

Pensar um pouco custa menos do que se imagina!

Observando atenciosamente a esculhambação que já se anuncia em função das campanhas eleitorais algumas constatações são assustadoras e convido-os a refletir sobre elas:

  1. Nas próximas eleições teremos que lidar com o risco de ser eleito um personagem que representa a mediocridade de um segmento da sociedade que foi insuflado nos últimos 24 anos pela negligência com a qualidade da educação e do fomento ao senso crítico nos cursos de ensino superior;
  2. Por mais que nos falte a capacidade de admitir, somos parte da geração que favoreceu este cenário tolerando o entendimento tacanho de que “política, futebol e religião não se discute” e outras frases alienantes do gênero. Política se discute sim e o fato de não termos feito isso de modo responsável fortaleceu a ascensão de um personagem nefasto que se sustenta pela robustez do senso comum alimentado com frases de efeito de programas policiais de 5ª categoria na TV aberta.
  3. É meio tarde pra tentar ensinar as pessoas sobre as consequências de votos de protesto e afins. Mas não custa nada tentar demonstrar que um voto impensado nestas eleições pode estender por mais 4 anos a instabilidade que tomou conta do país desde 2014 quando os eleitores colocaram no segundo turno Aécio Neves e Dilma Rousseff.

Procure saber quem são os candidatos, conheça as propostas deles e procure aquele que representa para toda a sociedade perspectivas de solução para distorções históricas.

Outro dia postei aqui  uma lista de alguns dos pré-candidatos pra que vocês pesquisarem sobre e quem sabe participar de rodas de debate entre seus amigos e familiares pra tentarem fechar consenso em torno de uma candidatura que não vá nos causar mais problemas do que trazer soluções a partir de 2019…

Permissa Venia – Caso do Bombeiro “herói”

Na última semana o noticiário local e os grupos de WhatsApp “bombaram” uma notícia que a meu ver é bem mais triste do que parece:

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2017/12/03/interna_cidadesdf,645089/bombeiro-furta-viatura-e-e-parado-a-tiros-proximo-do-congresso.shtml

Sem nem ter lido todas as especulações sibre o caso nos jornalecos por aí, sou capaz de apostar que o camarada que pegou o carro de bombeiro não estava realmente decidido em fazer o que muitos de nós acharíamos “heróico”.

1º por causa do horário — Qualquer brasiliense roots sabe qual o horário mais apropriado pra um ato terrorista no Congresso de modo a surtir o efeito desejado, e um carro de bombeiro jamais seria a melhor ferramenta.

2º porque, como foi amplamente noticiado, tratou-se de um surto — Um ato “heróico” requer frieza e cálculo e portanto dirigir mais de 20 km até seu alvo em alta velocidade num carro com rotolights e sirenes ligados é no mínimo uma demonstração de desequilíbrio psicológico.

Espero que o cara fique bem e se resolva com as questões pessoais dele, com amparo da família e coisas do tipo.

Mas infelizmente a solução pro nosso país passa antes pela autocrítica! Qual nossa responsabilidade naquilo de que tanto reclamamos? (Era Freud que questionava isso?)

Eu tenho exercitado minha descrença na humanidade pedindo a redenção por meio de um meteoro, mas não sem antes lutar com meus parcos recursos pelo que acredito ser minha missão enquanto cidadão: ser honesto, manter e favorecer o diálogo, compartilhar conhecimento, pensar e agir pelo bem coletivo.

A ofensa à dignidade do outro como tática pro sucesso pessoal

Minha experiência recente de morar em condomínio tem me servido de excelente aprendizado sobre o ser humano e toda sua curiosa diversidade moral e ética.

Inevitável traçar um paralelo com a cena política contemporânea onde se pode observar, com um olhar mais atento, quem são, como agem e o que pretendem os atores desse teatrinho de fezes e lodo.

Não creio ser o tal complexo de vira-lata a constatação de que brasileiro é um bicho moralmente ogro, ligando pra nada ou quase nada enquanto tenta se sobressair pra ficar uma Gillette™ por cima dos outros e contar vantagem.

Serve de consolo que não é exclusividade nossa, embora o tamanho da população favoreça a percepção, mesmo o mais desatento entre nós.

Dito isto, um dado em particular tem me chamado a atenção nos últimos anos.

As campanhas de desqualificação dos “adversários” que as pessoas fazem (e as que compram o discurso) quando tem interesse em algo são um claro exemplo de que perdeu-se quase completamente o senso de respeito à dignidade humana, garantia constitucional.

Quem ofende a dignidade das pessoas publicamente parece não ter noção dos reflexos disso, em especial a manada de pessoas que embarcam cegamente nessa postura, sem qualquer noção de contexto, de contraditório, elevando exponencialmente a dimensão do estrago.

Aqui vale a máxima: se não pode contribuir positivamente, não fode mais ainda, ok?

Vamos nos fazer a gentileza de estar mais atentos a estas coisas pra não sermos corresponsáveis por histórias trágicas que podem decorrer dessas campanhas de ofensa à dignidade.

Chêro!

Los Macacos y Nosotros

Se você pretende, ainda que por tédio, entender o porquê da situação miserável que o mundo vive, basta lembrar da experiência de uns cientistas aí com os Macacos¹.

5 macacos

Alegoria dos 5 macacos

Poucas coisas são tão representativas do quanto será difícil fazer o que precisa ser feito enquanto as pessoas seguirem agindo pelo condicionamento a que estão irrevogavelmemte expostos.
É mister invocar a lembrança de que as maiores revoluções da humanidade foram protagonizadas por indivíduos ou minorias de indivíduos.

1. Por falta de tempo não achei fonte adequada sobre o tema.

Merendas e SP — Você tem fome de quê?

Assista antes de ler: O Gosto da Merenda (Revista Trip)

Eu sempre estudei em escola pública. Tenho muito orgulho de ter tido os melhores professores que um filho de mãe solteira, sem grandes posses materiais poderia ter.

Diferentemente de muitos colegas com quem estudava nunca precisei verdadeiramente das refeições que eram servidas que pra muitos seria uma das poucas do dia.Mas guardo com muita nostalgia a lembrança do prazer gastronômico daquelas refeições simplórias que eram preparadas com tanto gosto pelas tias da cantina.

Cabe aqui relatar uma ocasião em que eu, já marmanjo, fui buscar na extinta Escola Normal de Brasíla as minhas primas Caroline e Bárbara.

Enquanto as aguardava no pátio, senti aquele aroma maravilhoso de feijão tropeiro vindo da cantina ali perto. Cheguei ao balcão com meu jeito prosa e logo falei pra tia que aquele aroma me remetera a um passado muito aprazível. Perguntei a ela se podia me servir um bocadinho daquela iguaria.

Mas é claro, meu filho! Pegue quanto você quiser. Toma aqui um pratinho, um talher e sirva-se à vontade. — Quanta ternura, meu!

Lembro-me claramente de abocanhar a primeira colherada — quem esquece daquelas toscas colheres azuis de plástico? — e viver ali um flashback hollywoodiano repleto das melhores descargas sensoriais. Não me envergonho de dizer que meus olhos marejaram. Fechei-os por um instante já com a segunda colherada na boca.

MerendasQuando minhas primas, pequenas ainda, cerca de 9 anos, saíram e me viram terminando a “merenda” deram risadas de mim sem entender o que tinha rolado ali. Eram outros tempos em nossa família. Elas jamais entenderiam. [risos]

Essa historinha torna o episódio das merendas de SP ainda mais revoltante pra mim. Essa doença terminal que são esses filhos de chocadeira desses políticos, empresários e que assola o poder público precarizando quaisquer préstimos estatais causa uma repulsa muito violenta a cidadãos que relativizam os impactos desses atos.

É como um puta soco no estômago essa sanha hipócrita de distorcer a perspectiva sobre os problemas mais urgentes de solução no país, que põem em segundo, terceiro planos políticas que garantiriam condições mínimas de dignidade e sobrevivência aos desvalidos dos guetos e metrópoles tupiniquins.
Honestamente falando, falta muita seriedade nos segmentos mais estratégicos do poder público. Nos três poderes, nas três esferas falta a determinação das pessoas de bem em chamar pra briga, se necessário, enfiar os pés na bunda de gente que não agrega valor e está ali apenas pela famigerada estabilidade financeira.

Bradar contra corrupção e relativizar mordomias a agentes públicos é o que cria gerações e gerações de picaretas que aprendem que “quando a farinha é pouca, meu pirão primeiro”.

E você? De que lado está? O que tem feito pra mudar isso? Acredita piamente que apenas “votar no menos pior” te exime da culpa compartilhada?

Entre 2013 e 2014 eu assisti os meios de comunicação repetindo sua já tradicional montagem do tabuleiro eleitoral. As colossais falhas no sistema atual favorecem esse tipo de manipulação que, aliada a um alarmante índice de analfabetismo funcional tornam fáceis as vidas dos picaretas endinheirados com recursos de grandes empresários.

Aqui estamos… Eleitores do 45 culpam os eleitores do 13 e vice-versa, em tom nada cortez. Esquerda e direita se degladiam vexatoriamente enquanto retrocedemos em questões básicas. Nesta inércia estatal bilhões são sonegados, e dos trilhões arrecadados, uma parte expressiva volta pra rentistas e mega-empreendedores às custas do sucateamento dos serviços públicos.

2018 está logo ali.

Hoje é mais uma sexta-feira.

O Real Problema da Corrupção: conivência

Os corruptos são um problema. Nenhuma novidade nisto. Desvios de dinheiro e obtenção de vantagens imorais na condução fraudulenta de um “negócio”.

Há uma classe de pessoas ainda mais abjeta e muito mais nociva à sociedade, por todo o mal advindo da corrupção. São os apoiadores, admiradores, beneficiários diretos e indiretos dos corruptos. É contra a ação e influência desse tipo de pessoas que devemos trabalhar diuturnamente. Incansavelmente!
deslumbre
Apenas minguando a força motriz que mantém os corruptos com voz ativa e platéia no coreto é que teremos condições de livrar o país deste câncer.

Pra isso funcionar temos que estar melhor preparados pra enxergar os fatos sob um viés menos ideológico. Ampliarmos o campo de visão para camadas mais externas do contexto, compreender o todo e só então eleger as partes cujos ajustes serão prioritários.

Sobre a política em nossos dias

Lá no Post It Na Testa:

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“Tenho lido e visto toda sorte de ataques e acusações de veracidade discutível a respeito dos principais candidatos aos cargos deste pleito eleitoral. Até aqui nenhuma novidade. Nem mesmo algum moribundo anseio de que um dia haja um tipo de Messias no campo político…”

Política: por que assim tão suja e tão retrógrada?

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