Na última semana o noticiário local e os grupos de WhatsApp “bombaram” uma notícia que a meu ver é bem mais triste do que parece:
Sem nem ter lido todas as especulações sibre o caso nos jornalecos por aí, sou capaz de apostar que o camarada que pegou o carro de bombeiro não estava realmente decidido em fazer o que muitos de nós acharíamos “heróico”.
1º por causa do horário — Qualquer brasiliense roots sabe qual o horário mais apropriado pra um ato terrorista no Congresso de modo a surtir o efeito desejado, e um carro de bombeiro jamais seria a melhor ferramenta.
2º porque, como foi amplamente noticiado, tratou-se de um surto — Um ato “heróico” requer frieza e cálculo e portanto dirigir mais de 20 km até seu alvo em alta velocidade num carro com rotolights e sirenes ligados é no mínimo uma demonstração de desequilíbrio psicológico.
Espero que o cara fique bem e se resolva com as questões pessoais dele, com amparo da família e coisas do tipo.
Mas infelizmente a solução pro nosso país passa antes pela autocrítica! Qual nossa responsabilidade naquilo de que tanto reclamamos? (Era Freud que questionava isso?)
Eu tenho exercitado minha descrença na humanidade pedindo a redenção por meio de um meteoro, mas não sem antes lutar com meus parcos recursos pelo que acredito ser minha missão enquanto cidadão: ser honesto, manter e favorecer o diálogo, compartilhar conhecimento, pensar e agir pelo bem coletivo.