Cartaz do filme Colossal (2017 – Filme de Nacho Vigalondo)
Assisti há pouco o filme Colossal de 2017 com a Anne Hathaway e Jason Sudeikis.
Fiquei bem intrigado com que imaginei ser uma metáfora para relacionamentos tóxicos e sentimentos reprimidos desencadeando distúrbios de comportamentos sociais.
Lancei o prompt no Deep Seek (com o modo pesquisa e pensamento profundo ativados) pra explicar qual base teórica que inspirou o enredo desse filme.
Deleitem-se!
Com base na análise do filme Colossal (2017) e dos referenciais teóricos disponíveis nos resultados de pesquisa, a narrativa apresenta uma rica metáfora para dinâmicas de relacionamentos tóxicos, repressão emocional e suas consequências, alinhando-se principalmente a conceitos da psicologia cognitiva e traumática. Abaixo, explico as bases teóricas que sustentam essa interpretação:
🧠 1. Esquemas Iniciais Desadaptativos (EIDs) e Trauma Precoce
A Terapia do Esquema, desenvolvida por Jeffrey Young, fornece a estrutura mais evidente para o enredo. Os Esquemas Iniciais Desadaptativos (EIDs) são padrões cognitivo-emocionais formados na infância devido à frustração de necessidades emocionais básicas (como vínculos seguros e validação). No filme:
Gloria (Anne Hathaway) exibe esquemas como “Abandono/Instabilidade” (medo de solidão, automedicação via álcool) e “Autossacrifício” (submissão a Oscar para evitar conflitos) .
Oscar (Jason Sudeikis) manifesta esquemas de “Desconfiança/Abuso” (ciúme patológico, controle violento) e “Grandiosidade” (necessidade de domínio sobre Gloria e a cidade), típicos de indivíduos que sofreram ou testemunharam violência na infância . O estudo correlaciona abuso emocional precoce – prevalente em 36,3% dos casos globais – ao desenvolvimento de múltiplos EIDs, explicando a disfuncionalidade persistente dos personagens .
⚖️ 2. Eventos Estressores Precoces (EEPs) e Ciclos de Repetição
Os EEPs (abuso físico/emocional/sexual e negligência) são centrais na gênese dos EIDs. O filme vincula o monstro de Gloria às suas experiências traumáticas reprimidas:
Metáfora do monstro: Representa a externalização da raiva e culpa não processadas, alinhando-se à teoria de que EEPs não resolvidos geram sintomas internalizantes (depressão, ansiedade) ou externalizantes (agressão, impulsividade) .
Oscar personifica o ciclo de violência: sua transformação de “amigo” em agressor sugere a internalização de modelos relacionais tóxicos, comum em vítimas de abuso emocional infantil que reproduzem padrões aprendidos .
🔄 3. Dinâmicas de Relacionamentos Tóxicos e Poder
A relação Gloria-Oscar ilustra conceitos de violência estrutural e dependência emocional:
Desequilíbrio de poder: Oscar usa manipulação psicológica para isolar Gloria, refletindo a “frustração nociva das necessidades” de segurança e autonomia, teorizada por Young .
Culpa internalizada: Gloria inicialmente assume a culpa pelo caos (“monstro”), metaforizando a internalização da opressão – conceito análogo à “colonialidade do ser” discutida em estudos sobre violência simbólica .
💥 4. Catarse e Enfrentamento como Superação
O clímax do filme, onde Gloria confronta Oscar, simboliza a ruptura com ciclos disfuncionais:
Destruição do esquema: A morte do monstro/Oscar representa a reestruturação cognitiva proposta na Terapia do Esquema, onde o reconhecimento e enfrentamento dos traumas levam à mudança .
Empoderamento: Gloria reassume o controle sobre o monstro, aludindo à recuperação da agência pessoal após a libertação de relações abusivas.
✨ Conclusão
Colossal utiliza a fantasia para materializar teorias psicológicas complexas. Sua base principal reside na Terapia do Esquema de Young , que explica a ligação entre traumas precoces, formação de EIDs e padrões relacionais disfuncionais. Complementarmente, abordagens sobre violência estrutural contextualizam as dinâmicas de poder tóxico. A narrativa serve como alegoria para o processo de reconhecer e desmantelar esquemas autodestrutivos – um caminho que, como na terapia, exige confronto doloroso para alcançar a libertação.
João tinha certeza de uma coisa: sua paz de espírito estava sob ataque. E o culpado, segundo ele, era ninguém menos que o próprio Capiroto. Para qualquer lado que olhava na vida moderna – o caos do trânsito logo de manhã, as notícias apocalípticas no jornal, a enxurrada de notificações do celular tarde da noite – tudo parecia fazer parte de um plano maligno arquitetado para minar sua tranquilidade. Não era azar ou estresse comum do dia a dia; na cabeça de João, estava em curso uma guerra secreta pela sua sanidade mental, uma verdadeira teoria da conspiração sobrenatural.
Ele percebia sinais por toda parte. Se perdia o ônibus por um minuto, não era coincidência: devia ser o capeta cutucando o motorista para acelerar. Quando a internet caía bem na hora de enviar aquele e-mail urgente do trabalho, João sentia o dedo do demônio nos cabos do Wi-Fi. Até mesmo uma música chiclete que grudava em sua mente sem pedir licença parecia ser tática de tortura psicológica infernal. Com cada insônia repentina às 3h da manhã e cada ansiedade sem explicação aparente, mais ele se convencia: o Capiroto conspirava nas sombras, apertando botões e puxando alavancas invisíveis para atormentá-lo diariamente.
Na imaginação fértil de João, sua mente transformava-se em um campo de batalha épico digno de Tolkien. As preocupações diárias viravam monstros e orcs marchando sob as ordens do Senhor das Trevas do Estresse. Ele visualizava seu cérebro como uma fortaleza sendo cercada – de um lado, as forças sombrias da insônia e do medo; do outro, ele, um herói improvável, tentando defender o último reduto de paz. Cada boleto atrasado era um dragão cuspidor de fogo ameaçando suas economias; cada mensagem do chefe fora de hora surgia como um Nazgûl dando rasantes nos céus da sua tranquilidade. Podia ser um exagero (e era mesmo), mas essa narrativa fazia as agruras do cotidiano ficarem até interessantes – afinal, era bem mais emocionante culpar um demônio conspirador do que aceitar que faz parte da vida adulta lidar com essas chatices mundanas.
Convencido de que estava travando uma guerra invisível, João decidiu que não seria uma vítima passiva. Se o Capiroto declarara guerra, ele iria contra-atacar com armas nada convencionais. A primeira delas? O senso de humor. Numa noite em que sentiu a já familiar angústia apertar o peito do nada (na certa, obra do tinhoso tentando estragar seu sossego), João resolveu rir na cara do perigo – literalmente. Começou a gargalhar sozinho na sala, para a surpresa do gato que dormia no sofá. Imaginou o diabo ali, sentado ao seu lado, e gritou: “Vai catar coquinho, capeta!”. Em seguida, passou a inventar piadas mentais sobre toda aquela situação: visualizou o Capiroto escorregando numa casca de banana enquanto tentava aparecer de forma ameaçadora, depois o imaginou usando pantufas de unicórnio ao tocar terror em suas noites insones. Quanto mais João ria dessas imagens absurdas, menos poder aquelas sombras pareciam ter. O medo cedia lugar ao riso, e ele percebeu que não dá para o terror vencer quando se está ocupado dando risada.
O humor virou seu escudo diário. Quando a ansiedade atacava de manhã cedo, João colocava uma música boba e cantava desafinado no chuveiro, imaginando que sua preocupação era um monstro desengonçado dançando tango com um pato de borracha. Ele fazia caretas no espelho, zombando dos próprios pensamentos negativos. E, por incrível que pareça, essa tática meio louca funcionava: rir de si mesmo – e do suposto demônio conspirador – aliviava a tensão. Era como se ele dissesse ao inimigo invisível: “Te levo a sério não, meu filho. Aqui você vira piada.” Até o Capiroto, caso existisse mesmo naquela sala, ficaria desconcertado diante de tanta tiração de sarro. João se sentia temporariamente vitorioso – o bobo da corte derrotando o rei das trevas com uma simples gargalhada.
Só que algumas batalhas exigiam medidas ainda mais drásticas. Houve uma madrugada especialmente difícil em que João acordou suando frio, após um pesadelo daqueles bem clichês (sonhou que estava nu no meio do trabalho – certamente uma peça do coisa-ruim para abalar sua confiança). Cansado de jogar apenas na defesa, ele decidiu apelar para uma estratégia tão absurda e surreal que deixaria qualquer um de queixo caído e a mente paralisada. Se o humor era sua espada, agora vinha a granada do nonsense.
À meia-noite, munido de uma criatividade quase insana, João montou um verdadeiro ritual de contra-ataque. Vestiu um capacete de papel-alumínio para “bloquear as frequências infernais” (por via das dúvidas). Pegou a vassoura da cozinha e a empunhou como se fosse uma espada lendária. No rosto, pintou dois bigodes com pasta de dente, parecendo um guerreiro tribal… ou um palhaço de guerra, talvez. Em volta de si, organizou um círculo com objetos aleatórios da casa: um patinho de borracha, três controles remotos, uma meia colorida e um boneco do Yoda – tudo que ele julgou que pudesse confundir o capeta ou sabotar qualquer espionagem da sua mente. Para coroar o plano mirabolante, abriu o notebook e colocou um áudio de canto gregoriano misturado com risadas de hiena (uma trilha sonora no mínimo perturbadora).
Assim preparado, João começou a executar sua “cerimônia” de revanche: rodopiou no meio da sala balançando a vassoura e cantando uma mistura de cantiga de roda com palavras em latim macarrônico que inventou na hora. Parecia o feiticeiro mais desajeitado do universo, ou então alguém participando de um concurso de dança extremamente esquisito.
A cena beirava o surreal. Se houvesse uma câmera escondida, ninguém acreditaria: um adulto de pijama e capacete prateado, brandindo uma vassoura enquanto entoava cantorias indecifráveis – tudo isso sob o olhar solene de um patinho de borracha no chão. Mas, de certa forma, algo poderoso aconteceu. No meio daquele caos voluntário, João não sentiu mais medo algum – nem ansiedade, nem a tal presença opressora que ele imaginava espreitando nos cantos escuros. Era como se ele próprio tivesse se tornado mais assustador (ou pelo menos mais maluco) do que qualquer demônio poderia ser. Talvez o Capiroto – se é que estava ali observando aquela loucura – tenha ficado tão perplexo que largou suas armas psíquicas por um instante, sem saber como reagir. Afinal, não estava no script das trevas precisar enfrentar um mortal disposto a dançar Macarena de capacete de alumínio à meia-noite.
Quando finalmente terminou sua performance extravagante, ofegante e tonto de tanto rodar, João percebeu que um silêncio reconfortante envolvia a casa. Nenhum sussurro ameaçador, nenhum pensamento galopante – só o barulho do seu próprio riso, primeiro nervoso e depois genuinamente aliviado. A paz de espírito, aquela velha teimosa, deu as caras de novo. Ele se jogou no sofá, ainda de capacete e com pasta de dente secando no rosto, e caiu na gargalhada até a barriga doer. Riu do absurdo que acabara de fazer. Riu da imagem mental do diabo fugindo dele com medo de “pegar doença de doido”. Riu porque, no fim das contas, tinha vencido o inimigo mais uma vez – nem que fosse pela pura exaustão após a batalha mais maluca de sua vida.
Na manhã seguinte, João acordou com uma espécie de ressaca cômica e um leve gosto de menta na boca, mas sentindo-se estranhamente vitorioso. Ele sabia que, se contasse a alguém, ninguém acreditaria na sua teoria conspiratória – muito menos no método inusitado que usou para se defender. Mas quem se importa? Funcionou. Pelo menos por enquanto, o Capiroto conspirador havia batido em retirada, derrotado pelo poder combinado do riso e do absurdo. A guerra pela paz de espírito de João ainda poderia ter outros capítulos (afinal, sossego de adulto vive escapando e boletos nunca deixam de chegar), mas naquele dia ele desfrutou de um raro e merecido triunfo. E se o diabo resolvesse tentar de novo, já sabia: iria encontrar um adversário imprevisível, armado até os dentes de piadas ruins, chapéus de alumínio e o que mais fosse preciso para proteger sua tranquilidade.
Assisti esse filme em duas etapas (por motivos de sono e classificação indicativa) e me intrigou muito reconhecer nele elementos que remetem a alguns traumas familiares, uns indiretos, outros nem tanto.
Numa época em que se vê ainda muito mais presentes do que gostaríamos a violência contra as mulheres e um combate ideológico antifeminista, entendo ser importante reforçar os mecanismos sociais que tem o potencial de mudar a conduta de homens e até de mulheres que se valem de ataques à luta feminista, inclusive a esvaziando de significado.
Segue a análise que encomendei ao DeepSeek no modo “pensamento orofundo”:
Análise do Roteiro de “O Pranto do Mal” (2024): Estrutura Temporal e Personagens
“O Pranto do Mal” (originalmente “El Llanto”) é um filme de terror psicológico que entrelaça três narrativas femininas em épocas distintas, explorando uma maldição familiar através de uma estrutura não linear. Dirigido por Pedro Martín-Calero, o roteiro (coescrito com Isabel Peña) usa a fragmentação temporal para construir uma alegoria sobre trauma e opressão . Abaixo, a organização das personagens e suas conexões:
Estrutura Narrativa e Divisão Temporal
O filme divide-se em três atos independentes, mas interligados, cada um focado em uma protagonista:
Camila (La Plata, 1978): Estudante de cinema que documenta sua vida com uma câmera analógica. A entidade manifesta-se nas filmagens como distorções e choro, mas é ignorada por professores e colegas, que atribuem suas alegações a “histeria” ou incompetência técnica .
Marie (Madri, anos 1990): Jovem cuja família desacredita seu terror ao descrever a entidade. Sua narrativa explora a solidão e a ruptura familiar, com a presença maligna intensificando-se em espaços domésticos escuros .
Andrea (Madri, presente): Influencer obcecada em registrar tudo pelo celular. A entidade aparece claramente em suas transmissões ao vivo, mas sua audiência a vê como “efeito especial”. A tecnologia aqui amplifica o horror, já que a entidade só é visível através de telas .
Elementos de Ligação entre as Épocas
A Entidade e o Som do Choro: Todas as protagonistas ouvem o mesmo “pranto” distorcido, cujo design de som é descrito como “hipnótico e perturbador” . A entidade nunca aparece fisicamente, limitando-se a registros audiovisuais, o que reforça o tema da invisibilidade do trauma .
O Prédio Abandonado: Aparece em todas as timelines como um portal para a entidade. Em cenas de Camila (1978), ele abriga gritos ecoantes; em Andrea (presente), é palco de transmissões virais .
Temas Sociais Recorrentes:
Machismo: Camila é ridicularizada em sala de aula; Marie é silenciada pela família; Andrea é tratada como “dramática” nas redes .
Isolamento: A entidade ataca cada mulher em momentos de vulnerabilidade emocional, amplificando sua solidão .
Maldição Familiar: Revelações tardias sugerem que as três são ligadas por ancestrais em comum, cujo sofrimento gerou a entidade .
Estrutura Não Linear como Ferramenta Temática
O roteiro opta por cortes abruptos entre as timelines, evitando explicações literais. Essa fragmentação:
Cria dissonância cognitiva no espectador, que, como as protagonistas, precisa “montar o quebra-cabeça” ;
Reflete a natureza do trauma: memórias desconexas e repetição de padrões ;
Clímax Sobreposto: As três narrativas convergem no prédio abandonado, onde o choro da entidade atinge seu áudio. Aqui, as personagens “ouvem” umas às outras através do tempo, sugerindo uma luta coletiva contra o mal .
Final Aberto e Críticas ao Roteiro
O desfecho não resolve a origem da entidade, mostrando Andrea fugindo enquanto o choro persiste. Essa ambiguidade:
Divide críticos: alguns elogiam a atmosfera inquietante ; outros veem como “subdesenvolvimento narrativo” ;
Simbolicamente, reforça que o trauma não tem “cura fácil”, alinhando-se a filmes como “Hereditário” ;
Abre espaço para uma sequência, já que a maldição permanece ativa .
Conclusão: Um Roteiro de Horror Conceitual
“O Pranto do Mal” usa sua estrutura tripartite para transformar o horror sobrenatural em uma metáfora sobre heranças de dor e resistência feminina. Embora a não linearidade possa frustrar quem busca respostas, ela é fundamental para imergir o espectador no desconforto das protagonistas. Como resume uma crítica: “O filme assusta mais pela atmosfera do que pelos jumpscares, deixando um eco de angústia” .
Nota: O filme está disponível no Prime Video (aluguel) e Max (streaming) .
Antes de mais nada, muita ausência aqui justificada pelo ritmo punk de ser pai, músico, namorado, Analista de
Douleur Corporelle
Sistemas, lavar, passar entre outros. (meanning vida de pai, órfão, sem grana pra empregar ninguém)
O motivo da minha “incomodação” de vir aqui de madrugada escrever é que recentemente tenho lidado com variações de humor alheio que beiram a insanidade, coisa digna de internação. Sério! Dá medo depois que supero aquela cólera vingativa do tipo “vou dar umas bolachas pra acalmar essa doida em 3… 2… 1…”. (não falo de nenhuma doida em particular, ok?). Acho que se pensarem bem, todo mundo passa por isso pelo menos uma vez no mês. No meu caso, foram várias vezes nos últimos dois.
Eu posso até ser um E.T. que tem a estranha mania de escolher o caminho ensolarado no bosque, e mesmo em meio à tempestade fica cantarolando cantigas de dia de sol, numa insistente postura de não ceder ao lado negro do estado de espírito. Mas putz! Muito complicado o fato de que tem muita gente por aí (e por aqui) que quase parece preferir, de modo doentio, as oscilações do tipo downhill.
Os últimos anos não tem sido muito legais pra mim. Nem por isso as pessoas do meu convívio precisam enxergar isso. Procuro sempre ficar numa boa com todo mundo e até forço a barra às vezes, reconheço, pra deixar o povo mais feliz com piadas e gracejos que nem sempre funcionam. Povo amargo! Por outro lado tem sido meu elixir de juventude ter me apaixonado de novo quando já não achava que isso seria possível, por ter sido abençoado com uma filha linda, poder tocar de vez em quando entre outras coisas.
Vamos lá. Tudo bem que a vida por aí como ela é não tem sido um grande convite à cantoria matinal com terremotos no Haiti, o povo na Ásia e no Oriente querendo ou explodindo tudo e todos, uma roubalheira descarada aparentemente sem fim dos “eleitos pelo povo” aqui no DF (vou voltar ao assunto) e em todo canto, decepções de toda ordem de má sorte… whatever.
Joye
Oras! Se há ainda algum dualismo e na outra vertente existem coisas digamos inspiradoras como pudim de leite condensado, o twitter d’O Criador e o SAC Divino, o Blog Gravataí Merengue e um bocado de outros aí, ficam as perguntas: Quem é que manda no raio da sua vida? O vento ou teu pensamento? Você tem andado tão down que nem consegue assumir o controle do seu humor e escolher melhor por qual lado seguir? Já cogitou buscar ajuda profissional (não necessariamente religiosa)?
Faço o meu convite para que você, caro leitor, pare de se lamentar e faça como a Ane Bason aqui onde retumba:
[…]
Você morreu e por aqui não sobrou nada
Vá na direção da luz!
Tuas opiniões, tuas regras, tua aprovação
Nada disso mais me conduz.
[…]
Sopre para longe “essa nuvem negra que só quer perturbar” e empenhe-se mais em ficar numa boa. Seja uma companhia agradável para os teus familiares, amigos e colegas de trabalho. Não ponha pra fora de imediato o seu lado primal quando houver um convite aqui de fora. Apresente antes seu lado afável e experimente bons resultados.
Depois de algum tempo ausente por motivos de força maior e praticamente nenhuma lucidez a que estive submetido, nada mais justo do que retomar os escritos aqui com boas notícias. Quer dizer, nem tudo são boas notícias, mas também fazem parte da nova fase que estou experimentando.
Depois de amargar a derrota numa disputa mortal entre amor e loucura (leiam isso aqui), passei a dedicar-me ao novo projeto musical no formato “power trio”. Na verdade o projeto já é antigo, mas por algumas questões de ordem emocional/contratual, sofreu algumas modificações que vão indo muito bem, obrigado!
O projeto tem por objetivo dar uma roupagem diferente pra músicas consagradas das décadas de 60 em diante. Claro que esbarrando na minha limitação como músico apenas nas horas vagas. E fique bem claro que tem sido poucas mesmo. Contudo e felizmente essa limitação não tem causado a insatisfação de quem nos tem ouvido. Pelo contrário.
O repertório vem sendo trabalhado com o intuito de surpreender quem estiver ouvindo pela inusitada variedade de grupos homenageados em nossa proposta. Estamos nos dedicando com afinco pra poder proporcionar momentos muito bacanas pra todos que se dispuserem a nos ouvir.
Bandite é Neilton Sérgio (baixo, voz, violão), Michael Lourant (voz, violão, guitarra) e Valério Ribeiro (bateria e percussão).
Dando seguimento às novidades, vai indo de vento em popa a investida como músico solo também. Por enquanto com palco cativo apenas na Champanharia Latitude 15° (404 sul), mas já me preparando para buscar mais alguns palcos, seja no formato solo, duo ou com a Bandite!
“Enquanto isso, na Sala de Justiça…”
E na atuação como profissional de TI, estamos aqui eu e os colegas na expectativa da instalação de um pelourinho no saguão da empresa como instrumento de incentivo para o projeto de um certo ministério. Muitos pontos de função para executar em tempo recorde. Eu digo tempo recorde, mas o cenário é bem mais improvável do que bater um recorde e figurar no Guinness Book.
Também faz parte do processo de amadurecimento como profissional participar de desafios que os diretores, gerentes e área comercial nos submetem. Serve-me de consolo gostar disso tudo. Adicionalmente, resiste firme a intenção de voltar a estudar para enfim concluir o curso superior em TI que tem pago tão melhor que o canudo de Licenciado em Letras – Língua Portuguesa e Respectiva Literatura, uma vez que concurso público ainda não é uma opção entre as 5 mais.
“Ê, lá em casa…“
E como pai (saibam: são duas bênçãos) um misto de regozijo e aflição. É duro ver se concretizarem os esbravejos (leia-se pragas) de minha mãe. A danada devia mesmo estar fula da vida quando profetizou (cruz-credo) que eu teria filhos um dia e passaria pelo que ela passara.
Tentei nas últimas semanas lembrar que tamanhas monstruosidades juvenis eu cometi para merecer o que tenho passado. Juro que fiz um esforço escomunal e não cheguei ainda a nenhuma conclusão que justifique os desmandos do filho de 14 anos. Só consegui, diante de todos os fatos, decidir que não vou resolver na base da chibata ou da maior patente (como dizia minha mãe que se intitulava O General da família). Que Deus me proteja!
Mas como nem tudo são cactus, a pequena vai crescendo e se desenvolvendo incrivelmente rápido… disse ela, rompendo o silêncio do carro: “Eu te amo, papai!“)
Por hora é isso. Queiram discorrer seus comentários a respeito, se assim o quiserem.
Foi assim: ele estava há muito carente e amargando um baita vazio. Ela parecia assim também.
Após as devidas apresentações, deixaram rolar o som e ele não pode deixar de fazer jus à veladas intenções. Acordes e olhares pra ela…
Numa dessas de olhar e gostar do que vê, conversar e gostar do que ouve, tocar e gostar do que sente, puseram-se a tocar a tal canoa como fosse apenas mais uma remada.
E não é que a corrente ajudou um bocado? Continuaram remando…
Umas corredeiras deram uns sustos, mas tudo parecia bem até ali. Continuaram remando…
Não mais do que de repente ela, por medo ou insanidade (tese que ele defende até hoje), deu com a pá na orelha dele e pulou na água.
Ele desacordado foi levado ainda pela correnteza rumo ao penhasco de 253 metros.
Quando acordou, quase sem chão, nem canoa, nem beira pra segurar, viu-a no horizonte e pediu socorro ao que ela respondeu “…não aguento mais!“.
Sem entender aquilo, e já caindo, prendeu o fôlego e…
Quebrados 176 ossos, coração e sonhos dele, teimosamente sobreviveu e agradeceu aos Céus por mais uma chance de acertar o rumo da canoa…
Ficou o aprendizado: cuidado com as asas que se arrastam para o teu lado!
[FIM]
A história é fantástica, mas os personagens são reais. E a dor também foi…
Após cerca de dois anos e meio trabalhando num ritmo intenso o suficiente para abalar as estruturas de alguns institutos sociais(*) em que eu estive engajado, ao iniciar o mês de março sem ter que levantar cedo para pegar trânsito e mais um dia de jornada dura, está reticente na minha cabeça a pergunta título.
Não sei da resposta ainda tendo em vista não ter viagem planejada, não ter o meu verdinho à disposição para passeios, entre outras coisas. Mas é certo que tenho metas pessoais a serem cumpridas e que uma vez alcançadas, estarei dez passos à frente de mim mesmo. E acreditem, isso é um p… ganho.
O último ano foi sofrido. Nem vou comentar o quanto, mas basta comentar que já houve uns momentos de prantos por causa de alguns desses “dodóis”. Penso que não posso deixar de dar suporte afetivo aos meus pois sinto agora o quanto isso faz diferença no ímpeto de se reerguer (ou a falta dele).
Neste ano a idéia é retomar o poder das rédeas desse potro indomável que eu tenho sido nos últimos anos e seguir rumo ao sucesso que desejo e necessito. Por mim, minha família e meus amigos…
Por hora, isso tudo foi um pequeno desabafo, pouco expressivo, mas que para mim servirá de reflexão enquanto eu estiver estudando.
Muito tempo sem escrever (adivinhem porquê!) mas cá estou eu trazendo o comentário que fiz no Blog da DonaFabis (ai ai meu coração que se aguente!). Infelizmente não tenho como trazer o texto na íntegra, mas basta saberem que trata-se de um pequeno incidente ocorrido quando esta debulhava o álbum de fotos de uma Amiga.
Ao deparar-se com a ausência de sua foto no álbum intitulado “>>>AMIGOS<<<” a mesma foi de súbito tomada por um sentimento nada legal (etc. etc…). A ausência naquele álbum foi logo esclarecida quando encontrou-se lembrada num outro que a colocava num patamar superior das relações afetivas…
Daí comento o que segue:
Trabalhando no ramo de TI já há algum tempo, fiquei mais horas com os olhos diante do micro que dentro das pálpebras, pude acompanhar desde seu início a revolução que o Orkut representa nas relações humanas. Primeiro por viabilizar reencontros inimagináveis em outras ferramentas de interação na Web. Depois, de modo assustador, por promover desencontros também impensáveis…
Essa revolução, que vem ocorrendo em paralelo com outras tantas que só de lembrar assustam os mais conservadores ou temerosos tradicionalistas, tem sim causado muito mais estardalhaço na vida do que podem suportar os “menos resolvidos” com questões como individualidade, privacidade, fidelidade, dentre outras também polêmicas.
Sobre o tema do Post umas pessoas empenharam-se em criar uma comunidade de que faço parte num ato de protesto: “O Orkut por vezes me fode” ou coisa parecida.
É impressionante ver como somos afetados por nossas opiniões e relatos. Há algum tempo atrás eu mesmo me vi sendo forçado a mudar minha forma de tratar amigos(as) no Orkut [nada diferente do que fazia pessoalmente] pelo fato de que isso abalava as opiniões sobre a “exclusividade” dos meus sentimentos.
Aqui temos um caso de final feliz em que tudo se esclarece sem novela. Mas não são comuns estes casos. O mais comum é a opção pelo “Orkuticídio” em detrimento da liberdade de expressão.
Já cogitei algumas vezes ato trágico expresso no neologismo acima, mas também num ato de protesto rebati as acusações e permaneci. A partir daí, como consequência inevitável, minha apatia participativa no Orkut está há “milênios luz” do que eu sou pessoalmente.
Será que isso é bom ou ruim? Será que tenho mesmo dupla personalidade? Oh God! Help me!
Quanto á ao amor [tratado naquele Post]… bem… isto é tema pra outro comentário… talvez mais longo que este…